segunda-feira, 18 de março de 2013

Batom com chumbo?Será??


Mensagem que apareceu nas redes sociais avisa para as mulheres que o uso de certas marcas de batom pode causar câncer devido aos altos índices de chumbo encontrados no produto! Será verdade?
A mensagem, que apareceu no Facebook em janeiro de 2013, adverte às consumidoras quanto ao uso de algumas marcas de batons. Segundo o texto, os produtos possuem altas doses de chumbo, o que provocaria um aumento na incidência de câncer.
O texto ainda cita o nome de algumas marcas que estariam com o problema e pede para que seja compartilhado para todo mundo!
Segue o texto na íntegra, sem correções, conforme circula pelo Facebook:

Reprodução do texto que circula pelo Facebook
Junto ao aviso há uma foto de alguém com os lábios feridos, sugerindo que o uso do batom pode ter causado isso:
Foto de uma consumidora que estaria com câncer devido ao uso de batons com chumbo! (foto: Reprodução/Facebook)

Verdadeiro ou falso?


O aviso é falso! Circula desde 2003 através de e-mails e, agora em 2013, ganhou novo fôlego no Facebook.
Vamos analisar aqui alguns parágrafos do texto para mostrar que tudo não passa de mais uma E-farsa:

Logo no primeiro parágrafo, temos:


“Postado por Dra. Claudia Pirisi, oncologista.”
Uma busca pelo nome da doutora só retorna sites e blogs que copiaram o mesmo texto.
Não encontramos nenhum médico com o nome de “Claudia Pirisi” no site do Conselho Federal de Medicina. Isso prova que:
  • A) A doutora não existe;
  • B) A doutora não faz parte do Conselho Federal de Medicina e, portanto, não é médica;
  • C) A doutora não é brasileira;
  • D) Não procuramos direito;
Geralmente, esses textos alarmistas citam nomes de pessoas importantes e/ou que não existem para dar mais credibilidade ao que se quer passar adiante.

A seguir, temos:


“Dra. Elizabeth Ayoub biomolecular, e médico é emitido um alerta para batons contendo chumbo, que é uma substância cancerígena.”
Nesse parágrafo foi inserido o nome de uma doutora que existe, de fato, mas que nunca afirmou nada sobre o chumbo dos batons.
A doutora é, na verdade, nutricionista. Seu nome foi colocado aí para, como dissemos mais acima, dar mais credibilidade ao texto.
Em nenhum momento, o aviso mostra algum link que ajude a comprovar o que está sendo dito. Quais as fontes? Não há…
O autor cometeu um pequeno deslize quando se referiu ao chumbo com “uma substância”. Na verdade, o chumbo é um elemento químico. Uma pequena falha que teria sido evitada caso o texto tivesse vindo realmente de uma doutora de renome.



Próximo parágrafo:


“Recentemente, a marca “Red Earth” diminuiu os preços de R $ 67,00 para R $ 9,90!”
Outra informação erradaNo site da empresa, os batons estão custando em média 18 dólares. O autor do aviso apenas pegou uma versão dessa lenda virtual de 2003, que dizia que os preços teriam caído de HK$67 para HK$9,90 (Hong Kong Dolar), e apenas mudou para a moeda nacional.
Aliás, pelos erros gramaticais do aviso, podemos notar que o texto foi mesmo traduzido mal e porcamente de algum artigo em outra língua!
A seguir, o autor cita diversas marcas que supostamente usam o chumbo em seus batons. Nada comprovado.
No entanto, é bom explicar que em 2012, a vigilância sanitária dos Estados Unidos afirmou ter encontrado chumbo em 400 batons fabricados naquele país.
Segundo a FDA (a agência que regulamenta os alimentos, cosméticos e remédios nos EUA), O chumbo não é acrescentado intencionalmente aos batons nem a nenhum outro cosmético. Muitos corantes aprovados pela FDA são feitos a partir de minerais e, portanto, contêm traços do chumbo que é naturalmente encontrado no solo, na água e no ar.

Níveis seguros


Apesar de achar pequenas quantidades do elemento químico em centenas de batons nos EUA (a mais alta encontrada foi de uma parte por milhão), a FDA não proibiu a venda do produto, pois – como falamos lá em cima – não há nenhuma pesquisa que prove que há uma relação entre o câncer e o chumbo. Além disso, ainda não existem estudos sobre os níveis seguros do contato metal com os lábios.
Em seu site, a FDA afirma: “Não consideramos os níveis de chumbo encontrados nos batons preocupantes para a segurança. [...] Os níveis de chumbo detectados estão dentro dos limites recomendados por outras autoridades de saúde para a presença de chumbo nos cosméticos.”

Continuando com o texto:

“Faça o teste:
1. Ponha um pouco de batom em sua mão;
2. Com um anel de ouro nesta batom passá-lo;
3. Se as mudanças batom de cor para preto, então você sabe que contém chumbo.”
O teste sugerido não serve para confirmar o boato, uma vez que o ouro não reage com chumbo. No entanto, outras substâncias presentes no batom podem, sim, fazer com que o anel marque o batom, como demonstrado no blog Eu Não Sou Amélia.
Note que o batom da marca Avon foi o que menos escureceu no teste feito no Eu Não Sou Amélia. (foto: Reprodução/Eu Não Sou Amélia)
 Atualização:
Conforme bem observado pelo leitor Igor Santos, o teste acima não prova nada: Na verdade, o batom parece marcado pelo anel devido à sujeira encontrada na joia. Podemos perceber que a cada “teste” a marca do anel fica mais fraco, pois cada vez que ele é passado no batom fica mais limpo. Igor também observou que o mesmo “teste” pode ser feito com pasta de dentes ou com outros produtos levemente abrasivos.  

Pedido para repassar


Como todo boato que se preze, o autor do texto encerra o tal aviso com um pedido para que seja espalhada essa mentira para todos que você conhece.

A imagem da boca com câncer


A foto que circula junto com o texto é, na verdade, a de um paciente com herpes, como podemos ver no site CitizendiumNada a ver com câncer!

Conclusão


Não há nenhuma relação entre a exposição ao chumbo e o câncer de boca. História falsa que circula desde 2003! Não repassem esse tipo de aviso alarmista.


Read more: http://www.e-farsas.com/batom-com-chumbo-causa-cancer-sera.html#ixzz2NuqKO5LG
sexta-feira, 15 de março de 2013

Cura da AIDS: 14 adultos receberam cura funcional contra HIV


Recentemente, ganhou destaque a notícia de que um bebê nos Estados Unidos foi curado de uma infecção do HIV (vírus que pode levar a pessoa a desenvolver AIDS) por ter recebido tratamento logo nos primeiros dias de vida. Agora, um grupo de pesquisadores mostrou que a “cura” por tratamento precoce pode beneficiar não apenas crianças, mas adultos também.
Asier Sáez-Cirión e sua equipe analisaram 70 pacientes que foram tratados com terapia antirretroviral (o famoso “coquetel anti-AIDS”) pouco tempo depois (de 35 dias a 10 semanas) de descobrir que estavam infectados. Normalmente, há um intervalo de três anos entre a infecção e sua descoberta e início do tratamento.
Os antirretrovirais podem manter o vírus “sob controle”, mas têm efeitos colaterais (como elevação do risco de desenvolver hipertensão e diabetes) e, por essa e outras razões, é comum que pacientes abandonem o tratamento depois de alguns anos. Nesses casos, o vírus tende a se multiplicar consideravelmente, colocando a saúde da pessoa em risco.
Todos os 70 pacientes avaliados pela equipe de Sáez-Cirión haviam interrompido o tratamento há anos. Contudo, em 14 casos, o vírus continuou mantido sob controle, mesmo sem a ajuda de medicamentos. De acordo com a pesquisadora Christine Rouzioux, o tratamento precoce pode ter reduzido o “reservatório” de vírus e diminuído sua diversidade, além de preservar o sistema imunológico a ponto de permitir o controle – uma “cura funcional” (não “completa”, pois a infecção permanece).
Os autores do estudo não descobriram por que apenas uma parte dos pacientes foi “curada”, mas destacam que “o tratamento com antirretrovirais precoce e prolongado pode permitir que alguns indivíduos com histórico desfavorável obtenham um controle de longo prazo da infecção, e isso pode trazer implicações importantes para uma cura funcional do HIV”.[Reuters, io9, PLoS Pathogens]

FONTE:HYPESCIENCE
quinta-feira, 14 de março de 2013

Experimento consegue “dar nó em pingo d’água”: vídeo




O ilusionista Brusspup criou um vídeo que mostra um truque muito interessante: em um momento, a água flui normalmente, e então, BOOM! Se curva em formas estranhas que você certamente nunca imaginou que a água poderia criar.
O filme mostra o que acontece quando um fluxo de água é exposto a um alto-falante que produz uma onda senoidal de 24Hz. A taxa de quadros por segundo da câmera foi ajustada para coincidir com a vibração do alto-falante (24fps), criando assim a água mágica em ziguezague. Legal, não?[GizmodoThisIsColossal]

FONTE:HYPESCIENCE
domingo, 10 de março de 2013

Estudo mostra que chimpanzés possuem "senso de justiça"

Chipanzés

Os pesquisadores afirmam ser os primeiros a mostrar que os chimpanzés têm senso de justiça e que esta característica deve ter evoluído ao longo do tempo para ajudá-los em sua sobrevivência.
Os experimentos foram realizados por cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Yerkes sobre Primatas na Universidade de Emory, perto de Atlanta, na Geórgia, e da Universidade do Estado da Geórgia.
Os cientistas ensinaram os chimpanzés o jogo "Ultimato", em que "um indivíduo precisa propor a divisão dos prêmios a outro indivíduo e, então, fazer aquele indivíduo aceitar a proposta antes que ambos possam obter as recompensas", explicou o cientista Frans de Waal.
Os estudiosos aplicaram o teste separadamente em seis chimpanzés adultos e em 20 crianças com idades entre 2 e 7 anos.
O jogo é simples: um indivíduo escolhe entre duas fichas de cores diferentes que, com a colaboração de seu parceiro, pode ser trocada por prêmios - um petisco no caso dos chimpanzés, um adesivo no caso das crianças.
A ficha de uma cor dá prêmios iguais para os dois jogadores, enquanto a outra dá ao indivíduo que faz a escolha uma porção muito maior da recompensa.
Os resultados não mostraram diferenças entre o comportamento dos chimpanzés e dos humanos: se a cooperação do parceiro fosse demandada, os chimpanzés e as crianças dividiam os prêmios igualmente, explicaram os cientistas.
"Os humanos normalmente oferecem porções generosas, como 50% do prêmio, aos seus parceiros, e foi isso exatamente que nós registramos no nosso estudo com os chimpanzés", explicou de Waal.
Os cientistas notaram, contudo, que quando modificaram as regras de forma que um parceiro não tivesse chance de recusar a oferta, tanto os chimpanzés quanto os humanos escolheram a opção mais egoísta.
O estudo publicado na edição desta semana do periódico National Academy of Sciences (PNAS) sugere que uma longa e compartilhada história evolutiva leva humanos e símios a preferir resultados justos.
Do ponto de vista evolutivo, observaram os cientistas, chimpanzés são altamente colaborativos na natureza e precisariam ser sensíveis à distribuição de recompensas para sobreviver.
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